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A pele e a gravidez

  • Foto do escritor: Ana Rita Oliveira Travassos
    Ana Rita Oliveira Travassos
  • 3 de jun. de 2018
  • 2 min de leitura


A gravidez representa um período de intensas modificações para a mulher e praticamente todos os sistemas do organismo são afetados, inclusivamente a pele.

Apesar da maioria das alterações cutâneas da gravidez serem reversíveis não devemos desvalorizar o seu impacto na autoestima das futuras mamãs.


Estima-se que até 90% das grávidas têm alterações da pigmentação, com escurecimento de certas áreas da pele. Esta hiperpigmentação ocorre caracteristicamente nas áreas habitualmente hiperpigmentadas (areolas, mamilos, axilas e região genital), no abdómen onde surge a línea negra e o que preocupa mais a maioria das grávidas na face - o melasma. Estima que o melasma ocorra em até 70% das grávidas, a partir do segundo trimestre da gravidez, sendo mais frequente na raça negra, desaparecendo geralmente até um ano após o parto. Na sua prevenção é essencial a protecção solar.


Outra situação que habitualmente preocupa a grávida é a questão das estrias. As estrias ocorrem em até 90% das grávidas e surgem nas áreas cujo volume se modifica durante a gravidez: abdómen, coxas e mamas. Geralmente surgem no início do terceiro trimestre, especialmente em mulheres caucasianas, com história pessoal /familiar e ganho excessivo de peso durante gravidez. Após a gravidez as estrias podem tornar-se menos evidentes, mas podem não desaparecem completamente. Como prevenção, aconselha-se a aplicação diária de emolientes durante a gestação e evitar o aumento rápido de peso.


É importante que as grávidas saibam as medidas que podem tomar para prevenir estas alterações na pele e que há tratamentos que podem ser realizados, depois do parto.

No caso do melasma, podem ser realizados tratamentos em contexto de consulta de dermatologia, nomeadamente peelings, e também em casa a aplicação de despigmentantes, sob orientação do dermatologista. Deve também ser ponderado o risco de reintrodução de anticoncepcionais orais em puérperas com melasma exuberante, pois está descrita a persistência/ recorrência com a sua utilização. A fotoprotecção também deve ser rigorosamente cumprida durante todo o ano, não só pelo seu efeito preventivo mas também como potenciador dos tratamentos despigmentantes.

No caso das estrias, a maioria dos tratamentos visam aumentar a produção de colagénio, podendo ser realizados tratamentos em contexto de consulta de dermatologia, nomeadamente: peelings químicos , dermoabrasão mecânica, radiofrequência, laser e ainda tratamento com plasma rico em plaquetas (PRP). Também podem ser utilizados tratamentos tópicos, de utilização em casa, mais uma vez sob orientação do dermatologista.


Pode encontrar mais informação sobre este tema na revista PAIS de junho 2018.









 
 
 

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